Passo 2
Autor:
Aritmética – Novas perspectivas, Implicações na teoria de Piaget.
O objetivo do ensinar da matemática às primeiras
séries iniciais é ajudar a criança a construir um raciocínio lógico-matemático.
Trabalhar com a criança o desenvolvimento das
capacidades de classificar, seriar, comparar, relacionar, generalizar,
abstrair, é parte fundamental no processo ensino-aprendizagem.
Para Piaget, o raciocínio lógico-matemático é
o produto da atividade do sujeito que avança em seu pensamento por meio da
abstração reflexiva, a qual procede das coordenações mais gerais das ações de
classificar, ordenar e colocar em correspondência, sendo a base do conceito de
número e das regras aritméticas. No início, estas ações dependem do objeto
concreto, mais tarde, com a evolução do pensamento, o sujeito de forma
abstrata.
O uso de jogos para ensinar aritmética não é uma
prática nova, professores utilizam há longo tempo. O jogo promove a ação da
criança, propondo desafios que a fazem avaliar num processo de construção
cognitiva por meio da auto-regulação, uma das três formas de equilibração e
ocorre nas integrações e diferenciações entre os subsistemas (à parte) e a
totalidade.
Enquanto operações matemáticas, somar, subtrair,
multiplicar e dividir são operações que dependem da atividade da criança, das
noções construídas anteriormente, e das coordenações de pensamento que vai
realizando.
*A
subtração envolve a relação parte/todo, que por sua vez, diz respeito às ideias
de separar, comparar e igualar.
Exemplo:
separar -> Você tem sete balas. Dando três para
mim, com quantas ficará?
-
Comparar -> Você tem sete balas. Eu tenho só três.
Quantas a mais do que eu você tem?
-
Igualar -> Tenho três velinhas. Preciso de nove
para um bolo de aniversário. Quantas mais eu preciso?
*
Primeiramente
apresentar, trabalhando no concreto, as ações, noções e conceitos aritméticos,
e só depois passar para a apresentação.
Autor:
As seis etapas do processo da aprendizagem em matemática, Dienes, Z. P.
1ª
Etapa: “A influência do meio” – Quando há a necessidade de interação com o meio
em que convive utilizando exemplo do seu cotidiano.
2ª
Etapa: “A percepção de restrições” -> regras do jogo, orientações e passos a
seguir
3ª Etapa: “O jogo do isomorfismo” -> Isomorfismo é uma das noções mais importantes em uma categoria. Por isso, é comum encontrar em várias demonstrações e construções as expressões único, a menos de isomorfismo e único, a menos de único isomorfismo.
O que estas expressões querem dizer é que determinado objeto pode existir como várias versões, mas todas estas versões são isomórficas. Na noção mais forte, este isomorfismo entre dois objetos também é único.
Para efeitos práticos, o isomorfismo faz com que objetos isomórficos comportem-se da mesma forma. Tudo que pode ser feito com um deles pode ser feito com o outro - basta compor setas com o isomorfismo entre estes objetos.
4ª
Etapa: “A representação” -> È algo que é exemplificado através de imagens,
fotos entre outros, ou seja, em situações concretas.
5ª
Etapa: “Descrição de uma representação” – Vai descrever o que a representação
quer dizer.
6ª
Etapa: “Demonstração, compreensão das propriedades e/ou reconstrução de
fórmulas” -> Nesta etapa quer dizer
que o professor dever demonstrar para o aluno ter compreensão e no caso
formulas erradas ou aluno deverá reconstrir.
Justificativa
=> A criança necessita sim do uso de jogos, o que
significa grande importância, pois ajuda desenvolver o raciocínio lógico, o que
ajuda na elaboração de operações matemáticas e seus cálculos como, por exemplo:
somar, subtrair, multiplicar e dividir. E tudo isso deverá acontecer nas
primeiras séries iniciais, pois é o que vai ajudar no desenvolvimento de seu
raciocínio, ou seja, o cálculo mental realizado de maneira rápida.
As etapas do processo da aprendizagem em matemática
são necessárias para que a criança aprenda as regras do jogo, a diferenciar as
cores, tamanhos, formas quando utilizado os blocos lógicos, construção de uma
sequência, entre outros.
Portanto, erros e os acertos fazem parte de seu
potencial e para a capacidade intelectual.
Passo 3
“Cálculo
Mental”
O cálculo ocupa lugar muito importante, numerosas
situações de cálculo resolvidas por elas antes de haver recebido ensinamento
formal a respeito. Na resolução de problemas que implica ações de adicionar e
de subtrair, as crianças progridem mediante a utilização de diferentes
procedimentos que, a princípio, se baseiam em procedimentos informais.
Estratégias
concretas: representação de cada um dos conjuntos com dedos ou
de outros objetos físicos, contando de um em um para formar cada um dos
conjuntos. À seguir, voltam a contar tudo desde “um” para obter a soma.
Estratégias
de contagem interiorizada: implica voltar a contar
tudo, mas de maneira interiorizada, já com a noção de soma. Porém, este
procedimento resulta muito pouco prático no caso de que o segundo aditivo seja
grande.
Sobrecontagem:
esta estratégia será adotada mais adiante pela criança. Em um primeiro momento,
ao utilizar a estratégia de sobrecontagem, se o primeiro aditivo é menor “2+6” , começam a partir do “2” , paulatinamente vão se dando conta
de que economizam passos começando a contar a partir do maior.
Calcular
Mentalmente: acontece quando memorizam algumas
combinações básicas de somar e descobrem algumas regras do sistema de
numeração, e as propriedades das operações, como a comutativa, a associativa, e
outras.
É importante destacar que as crianças da Educação
Infantil resolvem muitas situações básicas de adição e subtração, mas isso
depende exclusivamente do campo numérico em que estejam trabalhando.
Não há um único significado para cálculo mental.
Aqui deve ser entendido como o cálculo feito de cabeça rapidamente, apoiado em
regras e propriedades numéricas que permitem fazer compensações, decomposições,
contagem, redistribuição, e outros, para a escolha de caminhos mais cômodos e
mais rápidos de calcular.
A estimativa pode ser entendida como a avaliação do
resultado de uma determinada operação numérica ou da medida de uma grandeza em
função de circunstâncias individuais (intuições e experiências próprias) do
sujeito que estima.
O cálculo estimado refere-se às operações
aritméticas e à avaliação feita sobre os seus resultados.
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